Como São Paulo e o Retorno de Saturno me ensinaram a me reinventar através da arte. Introdução Há fases na vida que parecem um mergulho profundo — o tipo de mergulho que bagunça a visão, que tira o fôlego… mas revela o que estava escondido.Meu Retorno de Saturno foi exatamente isso. Um chamado pra olhar pra mim, pra tudo o que construí, e pra tudo o que já não fazia mais sentido. Foi assim que São Paulo entrou na minha história — intensa, viva e desafiadora .E foi aqui, entre o que ora é caos ora é ordem, que aprendi o significado real de recomeçar. O início do giro Minha vida deu um giro de 360º. Tudo o que eu achava sólido desmoronou, como se o universo tivesse decidido me mostrar novas formas de existir. “Nada mais te contempla ai”, “esse espaço não te cabe”, “Você está se diminuindo para caber”. Era o que a vida insistia em me dizer  acerca de todas as áreas da minha vida, simultaneamente.  Por volta dos meus 27 anos, vivi uma sequência de transformações: saí de casa, passei um tempo morando na casa de amigos e pousadas… depois aluguei meu primeiro apartamento e logo precisei deixa-lo, comecei e encerrei uma sociedade, terminei um relacionamento, meu computador quebrou e meu cachorro morreu. Tudo ao mesmo tempo.. e eu fiquei olhando pra tudo aquilo tentando entender o que ainda restava. “Não tenho mais nada a perder.” Sorri, talvez por instinto.“Se eu sobreviver a São Paulo, sobrevivo a qualquer lugar”. O aprendizado do concreto São Paulo me recebeu com intensidade — e me ensinou com a mesma força.Foi aqui que aprendi sobre constância, responsabilidade e presença.Descobri que a arte não é feita apenas de inspiração:é feita também de rotina, disciplina, e da coragem de continuar mesmo quando o caos é a paisagem. Aprendi a me comunicar, a falar sobre o que crio, a ocupar espaços, a me colocar no mundo sem pedir licença.E quanto mais eu me encontro, mais entendo que tudo volta pro mesmo lugar:a arte. O reencontro comigo mesma São Paulo me mostrou que a arte é o fio que costura tudo o que sou.Ela nasce no papel, mas vive em mim — nas ruas, nos encontros, nas pausas, nos cafés apressados e nas janelas altas da cidade. Hoje, olho pra trás e vejo que cada queda foi um convite à reconstrução. E que cada recomeço me aproximou de quem eu realmente sou. Quem sou eu?Sou o que sobreviveu ao Retorno de Saturno.Sou o que floresceu em meio ao concreto.Sou arte em movimento. Final  Se quiser sentir de perto o que essa jornada transformou, te convido a visitar meu novo site — um espaço onde a arte respira, vibra e conecta. Acesse aqui e mergulhe nesse universo.